Baile de Máscaras

Caminhou para fora da casa atraíada pelo ruído do som que vinha da área externa, estava acostumada a viver em seu pequeno mundo limitado pelas grades que cerravam a propiedade de seus pais.

Mais aquela noite tudo estava diferente, ao primeiro passo porta a fora notou a lua, maciça, brilhante e atrativa. O céu limpo permitia vislumbrar a imensidão da Via Láctea, que percorria o céu de ponta a ponta. Pensou: isso só pode ser um bom sinal!!!

Escutava risadas e gritos eufóricos, que atiçavam a sua curiosidade de menina-moça, estava sinceramente cansada de seguir todas as regras. Sentia, às vezes que não pertencia a esse mundo. Desejava ir além, viver novas experiências, as quais ela estava disposta a descobrir.

Vestia-se lindamente, com um vestido de seda e tuli; e sapatos que brilhavam como vagalumes ( deveria ser svarovisky). Nas mãos carregava a máscara.

Sorrateria como uma gata da noite, caminhou sobre as pontas dos pés calma e lentamente, atravessando o jardim de folhagens densas e frágeis flores que sua mãe cultivava com carinho. Já podia ver as luzes da rua atravessarem o antigo portão de metal.

Virou-se uma vez mais para se certificar de que ninguém lhe estava observando, avistou de longe uma sombra, não, não era uma sombra!!! Era um vulto, se assustou por um instante, sentiu seu coração disparar e um calor tomou conta de seu pescoço.

Não queria parar agora, e não iria desistir. Caminho com passos mais firmes e um ar de decisão. Quando se aproximou, a luz permitia identificar que o vulto, era Ele!!! Segurou-a pela mão e correram. Ele parou de repente, a puxou contra seu corpo e a beijou fortemente. Está pronta??? perguntou curioso, com um meio sorriso.

Sim, mais do que nunca. Disse, ela ansiosa.
Vamos que o Baile de Máscaras já começou...